Catavento Espaço Cultural da Ciência: Palácio das Indústrias – Parque Dom Pedro II, no centro antigo de São Paulo
Funciona de terça a domingo, das 9h às 17h. Entrada: 3 (meia) ou 6 reais.
Catavento Espaço Cultural da Ciência: Palácio das Indústrias – Parque Dom Pedro II, no centro antigo de São Paulo
Funciona de terça a domingo, das 9h às 17h. Entrada: 3 (meia) ou 6 reais.
De pesadelo na verdade não vi nada. Muito divertido o Natal/Carnaval da Avenida Paulista. Lotado, cheio de atrações, festa popular bem legal.
Em SP está rolando a São Paulo Fashion Week, principal semana de moda do Brasil. A Osklen, marca carioca que é sinônimo de “cool” no mundo fez um desfile super bonito mostrando sua nova coleção inspirada na cultura afro-brasileira, a roupa dos escravos, da capoeira, das baianas do candomblé, os tons neutros, o linho.
Já a Água de Coco, marca de moda praia não mostrou nada demais mas teve um casting (quase) só de modelos famosas brasileiras. Todas lindas. Quer ver? Os videos abaixo são da TV online do SPFW:
Segundo reportagem da Folha.com, o típico sotaque paulistano pode virar o primeiro “bem imaterial” protegido pela cidade. Sim! Não é só a fondue suíça que almeja a eternidade. Toda vez que um brasileiro, que não seja paulistano, imita um paulistano ele fala “italianado” como se costuma (va) falar na Mooca.
O bairro da Mooca é um dos mais antigos de SP e onde havia uma das maiores concentrações de índios de toda São Paulo. Alguns dizem que Mooca vem de “Moo=faz” e “Oca= casa” em tupi. Os índios se concentravam nas margens do rio Tamanduateí.
A Mooca foi no começo do século XX um dos maiores centros industriais da cidade. Muitos dos imigrantes (principalmente italianos mas também húngaros, espanhóis, portugueses e lituanos) que alí se instalaram vieram para trabalhar nas fábricas do bairro ou eram remanescentes das fazendas de café do estado. Em 1901, 90% dos operários de São Paulo eram italianos. Muito do sotaque considerado típico de SP vem do sotaque dos moradores italianos da Mooca.
No ano de 1924, a Mooca, e os também bairros operários do Brás e Belém foram parcialmente destruídos ao serem bombardeados por aviões do Governo Federal durante a Revolução de 24. Articulada por tenentes e capitães das Forças Armadas, a Revolução pretendia controlar a cidade de São Paulo (e depois se expandir pelo Brasil) em oposição ao Governo Federal. Em represália, aviões militares do Governo jogaram bombas, como em uma guerra, sobre os bairros. Mil pessoas morreram e mais de quatro mil ficaram feridas.
“orra meu”, ich bin Paulistana
Laut einer Reportage der folha.com könnte der typische Akzent der Paulistaner (Einwohner der Stadt São Paulo) der erste, durch die Stadt geschützte “immaterielle Besitz der Paulistanos” werden. Wirklich! Nicht nur das Schweizer Fondue möchte unsterblich werden. Jedes Mal, wenn ein Brasilianer einen Paulistano immitiert, so versucht er dies, indem er “italienisiert”, also versucht zu reden, wie die Leute in der Mooca reden. Das Quartier Mooca ist eines der ältesten von SP. Dort hatte es einst eine der grössten Konzentrationen an Indianern im Staat São Paulo. Einige sagen, Mooca komme aus der Indianersprache Tupi, zusammengesetzt aus: “Moo=mache” und “Oca=Haus”. Die Indianer waren hauptsächlich an den Ufern des Flusses Tamanduatei zu finden.
Anfangs des XX Jahrhunderts war die Mooca ein Industriezentrum der Stadt. Viele Immigranten (hauptsächlich Italiener, aber auch Ungarn, Spanier, Portugiesen und Litauer) kamen in dieses Quartier, um in den Fabriken zu arbeiten und liessen sich so in der Mooca nieder. Nicht nur Immigranten wurden zu Fabrikarbeitern, auch von den Kaffeeplantagen zog es Arbeiter in diese Region. Im Jahr 1901 waren 90% der Fabrikarbeiter von SP Italiener. Viel von dem, was für den lokalen Akzent als so typisch gilt, kommt aus dieser Zeit und aus dem Akzent der Italiener aus der Mooca.
Während der “Revolution 24” im Jahr 1924 wurden das Fabrikgelände der Mooca, wie auch diejenigen in den Quartieren Bras und Belem teilweise durch staatliche Fliegerbombardierung zerstört. Geführt durch Militäroffiziere versuchte die Revolutionellen zuerst die Stadt São Paulo zu kontrollieren und sich dann über ganz Brasilien auszubreiten. Zur Vergeltung liessen die staatlichen Führer Bomben abwerfen, es herrschte Kriegszustand. Um die Tausend Personen kamen ums Leben und mehr als 4000 wurden verletzt.
Veja e ouça mais do “nosso” sotaque paulistano no video da Folha.com:
Sehe und höre unseren Paulistano-Akzent im Video der Folha.com:
Mais sobre a Mooca no video de alunos da faculdade Metodista de SP:
Mehr zur Mooca im Studenten-Video der Metodisten-Fakultät von SP:
Visite os sites:
Besuche auch folgende Seiten:
Para saber mais ainda sobre a Mooca leia o livro Crônicas da Mooca de Mino Carta e Helio Campos Mello publicado pela editora Boitempo.
SP já foi uma cidade muito menos violenta. Quando criança eu lembro que a grande referência de criminalidade urbana que a gente tinha era Bogotá, na Colômbia. Era tipo “aqui tem assalto mas nada comparável à Colombia”. Pois é. O tempo passou.
Eu ía para a escola de ônibus municipal. Pegava o ônibus elétrico na rua Augusta, às seis e meia da manhã para chegar na escola, perto da rua Iguatemi, antes das sete. Tranquilíssimo.
Mais tarde, já universitária, frequentava bem mais a noite de SP do que a universidade. Eu vivia em bares e clubs. Nunca fui uma “clubber” mas quase… Eu andava quilômetros à pé pelos Jardins e Pinheiros (bairros de SP) de bar em bar, de club em club, de casa de amigo em casa de amigo. A vida era uma festa mesmo! Mas ninguém era deslumbrado ou fútil. Todo mundo queria se divertir e aproveitar cada momento da juventude, simples assim.
Um pouquinho mais velha, no começo dos anos 90, eu acabei sendo repórter de uma revista de música. Olhando pra trás acho que foi uma das épocas mais legais da minha vida. Os “companheiros” de trabalho eram ótimos. Tinha quase que só homem na redação e a maioria era muito legal, muito talentosos. Aprendi muito com eles.
Nessa época eu conheci um monte de músicos. Como repórter eu viajava bastante. Teve uma época que fui jurada de um concurso de novas bandas e rodei pelo Brasil todo nesses festivais. Era muito legal. Qual jovem não queria um trabalho desses?!?
Um dia, fazendo uma reportagem sobre eles mesmos, que já eram mais ou menos famosos (era a época maravilhosamente musical do Mangue Beat!) acabei amiga de um pessoal de uma banda de Recife, mais precisamente de Jaboatão de Guararapes. Era o Mundo Livre S/A.
Quando eles tocavam em SP, costumavam se hospedar no meu apartamento. Toda noite tinha show ou festa no ap! Hoje, escutando a música deles, lembrei como a gente era jovem e feliz com tão pouco!
Ninguém ligava pra roupa, pra carro, pra restaurantes, pra nenhum luxo, nem mesmo luxinhos. Dinheiro era pra guardar pra poder viajar e só. Pra ser feliz, bastava música boa, cerveja, conversa animada e cada um podendo fazer o que mais gostava: escrever, tocar, cantar, fotografar, falar, viajar…
Nunca mais tive contato com os “meninos” do Mundo Livre. Às vezes vejo o Otto, que era o percussionista da banda (e o galã também), em algum programa de TV já que ele fez carreira solo e ficou relativamente famoso.
Mundo Livre S/A:
Otto:
Als wir noch frei waren, war die Welt voller Glück
SP war einst eine wesentlich weniger gewalttätige Stadt. Als ich noch ein Kind war, sprach man über Bogota (Hauptstadt Kolumbiens), wenn die Rede von städtischer Kriminalität war. Es gibt hier sehr wohl auch Überfälle, aber nichts ist vergleichbar mit Kolumbien, dachten wir damals. Ja, die Zeiten ändern sich.
In die Schule ging ich mit dem städtischen Bus. Ich nahm früh morgens um 6.30h den Trolleybus “Cidade Universitaria” oder den “Pinheiros” auf der Strasse Augusta, um rechtzeitig um sieben Uhr in der Schule an der Iguatemi-Strasse anzukommen. Sehr ruhig.
Später, als ich schon zur Uni ging, verbrachte ich wohl mehr Zeit im Nachleben von SP als an der Universität. Ich lebte in Clubs und Bars. Ich wurde zwar nicht zum “Clubber”, aber fast … Ich durchquerte ganze Quartiere zu Fuss, von Bar zu Bar, von Club zu Club, vom Haus eines Freundes zum Haus eines anderen. Das Leben war ein einziges Fest, wirklich! Trotz all dem war niemand eingebildet oder gar ein Nichtsnutz! Alle wollten einfach Spass haben und den Moment der Jugend geniessen, so einfach war es.
Einige Zeit danach, Anfang der 90’ziger Jahre, war aus mir eine Musikreporterin geworden. Rückblickend finde ich diese Zeit bei der Musikzeitschrift eine der interessanten Abschnitte meines Lebens. Meine Arbeitskollegen waren einzigartig. Es gab praktisch nur Männer auf der Redaktion und die grosse Mehrheit davon war toll und hatten Talent. Ich habe viel von ihnen gelernt.
Zu dieser Zeit kannte ich etliche Musiker. Als Reporterin reiste ich viel. Eine Zeit lang war ich auch in einem Wahlgremium eines Musikfestivals für Jungmusiker und reiste quer durch Brasilien, von einem Festival zum anderen. Das war super. Welch junger Mensch würde nicht auch eine solche Arbeit lieben?!?
Eines Tages machte ich eine Reportage über die damals schon recht bekannte Band “Mundo Livre S/A” und freundete mich danach mit dieser Band aus Recife (genauer aus Jaboatao de Guararapes) an. Immer wenn sie in SP spielten, wurde meine Wohnung auch ihr Zuhause. Jede Nacht hatte sie irgendwo eine Show oder wir machten ein Fest in meiner Wohnung! Jedes Mal wenn ich heute ihre Musik höre, erinnere ich mich, wie wenig wir brauchten in dieser Zeit, um glücklich zu sein!
Niemandem waren Kleider oder Autos wichtig, niemand wollte in Restaurants essen oder gab viel auf Luxus. Geld sparten wir, um reisen zu können. Um glücklich zu sein reichte gute Musik, Bier und eine animierte Konversation. Jeder konnte tun, wonach es ihm war: schreiben, musizieren, singen fotografieren, diskutieren, reisen …
Nie hatte ich mehr Kontakt mit den Jungs von “Mundo Livre”. Manchmal sehe ich Otto, den Schlagzeuger der Band, in irgend einer TV-Show. Er machte später eine Solo-Karriere und wurde recht berühmt.