A árvore
6 AprPrimeiro morreu a mulher. A pele azulou após um rato ser descoberto na cabana. Veio a febre alta, as feridas se alastraram. Depois foram os filhos. Um a um devorado pela peste. Sobrou o homem para enterrar a família. Sobre os corpos plantou uma muda como lápide que lembrasse seus amores perdidos. A muda vingou. É uma das árvores mais antigas da Europa. Uns dizem que tem 600 anos, outros afirmam, com certeza, mais de mil. Fica no Aargau, Suíça.
Freibad Baden
28 Jun* a imagem foi “granulada” no editor de video propositalmente para que o rosto de nenhuma criança possa ser identificado
* der Film wurde absichtlich mit einem Editor “granuliert”, damit kein Kindergesicht identifiziert werden kann
St. Gallen
2 JunSt. Gallen é a principal cidade da Suíça do leste (Ostschweiz). Sua origem é de 612 D.C.. A cidade abriga o primeiro mosteiro da Suíça – patrimônio mundial da humanidade pela Unesco – e foi ao seu entorno que se fez. St. Gallen foi um dos grandes centros culturais e científicos da Europa durante a idade média, graças a movimentação na biblioteca da abadia, considerada uma das vinte de maior importância no mundo. Por ali estão, por exemplo, os mais antigos pergaminhos de arquitetura que já foram encontrados. Na porta da biblioteca, a melhor, a perfeita definição: “farmácia da alma”. E mesmo que a biblioteca não tivesse preciosíssimos livros e documentos, seu salão barroco é por si só uma atração. Um dos programas imperdíveis na Suíça.
St. Gallen ist die Hauptstadt der Ostschweiz. Seine Gründung geht auf das Jahr 612 zurück. Die Stadt beherbergte eines der ersten Klöster der Schweiz. Dieser Komplex mit der Kathedrale und der Stiftsbibliothek sind ein Unesco-Weltkulturerbe. Dank der Stiftsbibliothek war die Stadt im Mittelalter auch ein grosses Zentrum für Wissenschaft und Kultur. Die Bibliothek zählt auch heute noch zu den 20 wichtigsten Bibliotheken der Welt. Es befinden sich dort beispielsweise die weltweit ältesten Schriftrollen über Architekur. An der Türe der Bibliothek findet sich die wohl beste Beschreibung zur Bedeutung: “Apotheke der Seele”. Auch wären da nicht die wertvollen Bücher und Dokumente, der barocke Saal alleine schon ist eine Attraktion. Ein nicht zu verpassendes Ausflugsziel für alle Besucher der Schweiz.
parte do complexo abadia/mosteiro/biblioteca:
Teil des Klosterkomplexes:
centro histórico:
Im historischen Zentrum:
a lindíssima biblioteca (foto: reprodução – é proibido fotografar dentro):
Die wunderschöne Stiftsbibliothek (Foto-Reproduktion – es ist verboten, im Innern zu fotografieren):
e depois vale a pena dar uma volta pela região. É por lá que estão os melhores paisagistas do país, os fazendeiros! Aqui, a montanha mais famosa da Suíça do leste, o Säntis:
Und danach lohnt es sich, einen Rundgang in der Region zu machen. Hier befinden sich die besten Landschaftsgärtner der Schweiz, die Bauern! Hier der berühmteste Berg der Ostschweiz, der Säntis:
Museu de História Natural de Basel
27 MayPara ir com crianças e adolescentes:
Für Kinder und Erwachsene:
Naturhistorisches Museum Basel
Abre de terça a domingo, das 10h00 às 17h00
Geöffnet von Dienstag bis Sonntag, von 10-17 Uhr
Fecha durante o carnaval de Basel (o maior da Suíça) e no dia 24 de dezembro
Geschlossen während der Basler-Fasnacht (der grössten Fasnacht der Schweiz) und am 24. Dezember
Ingresso: 7 francos para adultos, crianças até 13 anos não pagam e entre 13 e 20 anos de idade, o ingresso custa 5 francos
Eintritt: 7 CHF (Erwachsene), Kinder bis 13 Jahren gratis, Jugendliche (13-20J.) zahlen 5 CHF
Suíça: a extrema-direita caiu mas continua dominando
24 OctA extrema-direita suíça representada pelo partido SVP (ou UDC na Suíça francesa) continua poderosa mas um pouquinho menos. Graças a Deus. O maior partido político suíço é abertamente xenófobo, racista, machista, anti-Islã, ultra-conservador e anti- União Européia. As idéias e as campanhas do SVP são de extremo mau gosto e agressivas.
As eleições ontem , onde votamos nos representantes legislativos federais – ou no Brasil, os deputados federais e os senadores- marcaram a ligeira queda do SVP na preferência nacional. A projeção do partido dizia que eles teriam mais de 30% dos votos mas pela primeira vez em vinte anos, o SVP perdeu 2,3% de eleitores e sete deputados na Câmara. Apesar da queda, o SVP continua sendo o partido mais poderoso da Suíça, agora com 54 deputados na Câmara. É muito. Ao todo são 200 deputados. O que não é ocupado pelo SVP é dividido entre partidos de centro-direita (a maioria), de esquerda e os verdes que perderam várias cadeiras na Câmara.
Ainda é muito cedo para comemorar. Um dos partidos que teve um grande aumento de eleitores – cresceu mais de 5 % – é exatamente o BDP, uma dissidência do SVP.
O partido Pirata e o dos Animais e também os Secondo Plus, grupo que representa o interesse dos estrangeiros, não conseguiram eleger ninguém.
Eleições
9 Oct– Se você votar em mim voltaremos a morar no mato, a comer batata em todas as refeições e morrer com quarenta anos.
O sistema político suíço é interessantíssimo. Na democracia direta, votamos para tudo. Qualquer um pode propor ou embargar legislações. Basta ter mais de 18 anos e possuir a cidadania suíça para lançar uma iniciativa. Se a pessoa conseguir reunir mais de cem mil assinaturas que aprovam certa proposta, a mesma será votada nacionalmente. Quem não está satisfeito com alguma lei existente também pode tentar anulá-la. Para o referendo são necessárias cinquenta mil assinaturas. O ano todo chegam referendos – as cédulas de votação vêm e vão pelo correio – sobre qualquer coisa para serem votados. Chega a encher o saco.
No próximo dia 23 votaremos nos deputados – cuja Câmara representa o povo – e nos dois representantes cantonais (estaduais). São eles que aprovam as leis, fiscalizam o governo e escolhem os sete conselheiros federais – com poderes iguais e cada um representando uma pasta – que se revezam no papel de chefes de estado.
Os cartazes com os candidatos estão espalhados por todos os lugares. Até os jornais, que parecem que estão se lixando para a aparência de neutralidade, publicam propaganda política. Tem candidato de todo o tipo, afinal qualquer um com mais de dezoito anos e passaporte suíço pode se candidatar a uma vaga de deputado. E eu já sei o que fazer daqui uns anos.
Este ano a novidade é a diversidade. O Partido Pirata, que começou na Suécia, cresceu pelo mundo e já tem 57 candidatos nesta eleição suíça. Defendem a liberdade da Internet. São contra as leis de copyright – pretendem o acesso livre a cultura – e a favor da inclusão digital. Basicamente tratam disso. O Partido dos Animais da Suíça, que defende os interesses dos animais é outro partido muito interessante mas também bastante limitado. Tem também os Secondos Plus, grupo filiado a outros partidos, com candidatos que pretendem cuidar dos interesses dos imigrantes. A presença de muitos Mohammed como segundo nome dos candidatos já deve provocar medo em muita gente.
Outra coisa que chama a atenção é o hábito, ridículo, de escrever “Dr” antes dos nomes. No começo eu achava que a Suíça era o país dos médicos. Agora aprendi que tanto aqui, como na Alemanha, o título de doutor em qualquer coisa é super valorizado. Não é difícil, ao ler uma revista qualquer, se deparar com uma foto de uma socialite numa festa com a legenda ” Dr. XXXX se esbalda na Oktoberfest”. Pode ser doutor em qualquer coisa, o que importa é ostentar o título.
E o que dizer dos flyers dos candidatos? Os textinhos das legendas ultra-conservadoras embaixo das fotos de vários candidatos fazem questão do ” casado, pai de três filhos”, “casada, mãe de dois filhos”…. Democracia moderna mesmo só quando vier escrito “na caça” ou ” casado com outro homem”. Ou ainda quem sabe “gay, negra, muçulmana e pobre, é nóis”.
Pior que tudo mesmo são os candidatos que posam para as fotos com trajes típicos da Suíça rural. Engraçadinhos esses. Querem que tudo seja como há cinquenta anos atrás mas quando precisam correm para os hospitais super modernos e bem equipados de Zurich onde quase todos os médicos são… estrangeiros! A Liga do Norte, partido mais horroroso da Italia, também adora pagar mico e se fantasiar. E o terrorista norueguês que tinha fotos no Facebook vestido de viking e de cavaleiro medieval? Como uma mensagem de tradição e conservadorismo pode ser tão ridícula? O SVP (ultra-direita suíça) adora esse tipo.
Agora medo mesmo eu tenho é de um poster na entrada de Wettingen. É de um candidato do SVP, claro, com um sorriso assustador. Você votaria em alguém chamado Joãozinho Assassino? Pois é. Se eu fosse o Hans Killer já tinha arrumado um “nome fantasia” há tempos.
Wahlen
– wenn ihr mich wählt, werden wir wieder im Wald wohnen, täglich Kartoffeln essen und mit 40 Jahren sterben.
Das politische System der Schweiz ist äusserst interessant. Per Direkter Demokratie stimmen wir hier über alles ab. Jeder hier kann per Initiative ein neues Gesetz vorschlagen. Man muss einfach 18 Jahre alt sein und das Schweizer Bürgerrecht besitzen. Gelingt es 100’000 Unterschriften zu sammeln, kann sogar national darüber abgestimmt werden. Ist man mit einem Gesetz nicht einverstanden, kann man auch versuchen, dieses streichen zu lassen. Für ein Referendum sind 50’000 Unterschriften nötig. Das ganze Jahr über kommt es immer wieder zu Abstimmungen – die Wahlformulare kommen per Post und können auch per Post wieder abgesendet werden – und über alles kann abgestimmt werden. Es gibt so viele Abstimmungen, dass man teilweise sogar genug davon hat.
Am kommenden 23. werden die Abgeordneten der beiden Kammern gewählt – die Vertreter des Nationalrats und des Ständerats. Sie werden später die Gesetze genehmigen, die Regierung beaufsichtigen und die sieben Bundesräte wählen, die unter sich gleich gestellt sind und verschiedenen Departementen vorstehen.
Die Wahlplakate der Kandidaten hängen schon überall. Auch in den Zeitungen findet man Wahlanzeigen. Die Neutralität scheint Schweizer Zeitungen nicht wichtig zu sein. Kandidaten findet man von jeglicher Art, schliesslich kann sich ja jeder über 18 Jahren mit Schweizer Pass für einen der freien Plätze aufstellen lassen. Ich weiss schon heute, was ich in einigen Jahren machen werde.
Speziell ist dieses Mal die grosse Vielfalt. Die Piraten Partei, die seinen Ursprung in Schweden hat, wuchs weltweit und hat nun auch schon 57 Kandidaten bei den kommenden Schweizer Wahlen. Sie verteidigen die Freiheit des Internets, sind gegen die Copyright-Gesetze, möchten den freien Zugang zu Kultur für Jedermann und die digitale Integration. Die Tierpartei Schweiz, welche die Rechte und Interessen der Tiere vertritt ist eine andere interessante, wenn auch sehr limitierte Partei. Dann gibt es auch die Secondos Plus. Ihre Kandidaten geben an, sich um die Interessen und Anliegen der Immigranten zu kümmern. Die vielen Mohammeds in den Namen werden wohl Angst bei vielen Wählern hervorrufen.
Etwas anderes was mir immer aufgefallen ist, sind die lächerlichen “Dr.” vor den Kandidatennamen. Am Anfang dachte ich, die Schweiz ist das Land der Ärzte. Nun weiss ich, dass hier, genauso wie in Deutschland, ein Doktortitel für was immer auch, viel zählt. Man kann irgend eine Zeitschrift aufschlagen und findet schon in den Legenden unter den Fotos: “Dr.XXXX vergnügt sich am Oktoberfest”. Es kann ein Doktortitel in irgendwas sein, Hauptsache, man kann einen Titel vorweisen.
Und was kann man über die Flyer der Kandidaten sagen? Bei den Ultrakonservativen scheint es sehr wichtig zu sein, ob sie verheiratet sind oder Kinder haben: “verheiratet, Vater von drei Töchtern” oder “verheiratet, Mutter von 2 Kindern” … In der modernen Demokratie wäre dann auch zu erwarten “ungebunden” oder “verheiratet mit einem Mann”, oder wer weiss, eventuell “schwul, schwarzhäutig, Muslim, arm oder aus der Periperhie stammend”.
Am schrecklichsten sind eigentlich die Kandidatenfotos, bei denen die Personen in Trachten oder Kostümen posieren. Schön durchtrieben. Sie wollen, dass alles so ist wie vor fünfzig Jahren, aber wenn dann mal etwas passiert, springen sie ins Spital nach Zürich, wo dann 50% der Ärzte Ausländer sind! Die schreckliche italienische Lega Nord liebt es auch, sich lächerlich zu machen und sich zu verkleiden. Und der norwegische Terrorist, posierte er nicht auf Facebook als mittelalterlicher Ritter und Wikinger? Wie kann doch eine Botschaft der Tradition lächerlich sein. Die SVP liebt diese Art.
Angst habe ich nun wegen einem Plakat hier in Wettingen. Es ist ein Kandidat der SVP, er zeigt ein angsteinflössendes Lächeln. Aber ehrlich, kann man jemanden wählen der “Killer” heisst? Wäre ich er, ich hätte mir schon längst einen Phantasienamen zugelegt.