Nos países onde tudo funciona como deve funcionar, ninguém tem que perder tempo com burocracia, não existe o stress – como no Brasil- de que cada problema a resolver é um tormento sem fim e sem solução. Ninguém trabalha feito louco; pelo contrário, muitas pessoas (maioria de mulheres suíças, por exemplo) trabalham apenas dois ou três dias da semana. A concorrência é pequena. Grande parte dos imigrantes não representa ameaça para o “europeu rico”. Imigrante vai fazer o trabalho que ninguém aqui quer mais fazer porque teve um “upgrade” na vida social e econômica nas últimas décadas.
Na ” Europa rica” todo mundo tem tempo para pensar em besteiras. Quem não quer ficar à toa pode gastar horas em aplicativos no iphone , em pesquisas sem sentido no Google ou em intermináveis conversinhas no Facebook e ficar mais “à toa” ainda. Ou andar de bicicleta ou fazer compras ou ter um hobby bem esquisito ou tomar um café com um amigo por duas horas seguidas em qualquer dia da semana antes das 18:00 ou fazer um curso de qualquer coisa ou um monte de outras coisas.
O fator “segurança” também conta muito. Medo pra quê ou de quê? Roubos são cada vez mais comuns mas assaltos violentos com armas são raríssimos. A crise econômica faz alarde mas na verdade ninguém nem sabe direito o que está acontecendo. Pelo menos aqui nenhuma crise afeta o cotidiano das pessoas.
Quando doente, o “europeu rico” sabe que vai ter acesso à todo tipo de tratamento e o seguro vai cobrir até 90% dos gastos. Com a vida “ganha” dá para relaxar e isto é visível na cara e no comportamento das pessoas. Ninguém parece prestes a explodir, ninguém grita com ninguém; é tudo muito calmo, correto e sempre inquestionável.
Por isso mesmo, quando um psicopata como o terrorista da Noruega aparece barbarizando, todo mundo leva um susto enorme. Como dessa vida tão calma e tediosa surge um monstro desses? Segundo reportagem da revista Stern, Andres Breivik planejava os atentados desde 2006. Tudo isso foi por medo de que os imigrantes acabassem com a calma da vidinha fácil do europeu branco-cristão-rico ou foi porque ele não tinha mais nada para se preocupar e muito tempo livre para pensar em besteira e criar obsessões?
Reiches Europa
In den Ländern, wo alles so funktioniert, wie es funktionieren soll, braucht niemand unnötig Zeit mit der Bürokratie zu verlieren. Es gibt nicht den gleichen Stress wie in Brasilien, wo jedes Problem, welches es zu lösen gilt, zu einer Qual ohne Ende und Lösung wird. Fast niemand arbeitet wie verrückt – im Gegenteil, viele Leute hier (die Mehrheit der Frauen zum Beispiel) arbeiten nur gerade zwei bis drei Tage die Woche. Es gibt wenig Konkurrenz. Die Mehrheit der Immigranten sind keine Gefahr auf dem Arbeitsmarkt für den “reichen Europäer”. Die Immigranten bewerben sich für die Arbeit, die hier keiner mehr machen will oder muss, da die meisten Einheimischen in ihrem ökonomischen und sozialen Leben in der letzten Jahrzehnte einen “upgrade” machten.
Im “reichen Europa” haben alle Zeit, über irgend welchen Unsinn nachzudenken. Wer Zeit mit Nichtstun verbringen will, kann stundenlang mit den Applikationen des iphones spielen, sinnlose Nachforschungen mit Google betreiben oder endlos auf Facebook chaten und so noch weniger tun. Man kann auch mit dem Fahrrad rumfahren, einkaufen gehen, einen Kurs besuchen, einem exquisiten Hobby nachgehen oder mit einem Freund zwei Stunden lang einen Kaffee trinken gehen, irgendwann zwischen 8 und 18Uhr an irgend einem beliebigen Wochentag oder vieles mehr.
Die Tatsache “Sicherheit” ist auch gewichtig. Wozu und wovor soll man sich fürchten? Kleinere Diebstähle werden auch hier langsam zur Gewohnheit, aber brutale bewaffnete Überfälle sind rar. Die ökonomische Krise hat aufgeschreckt, aber eigentlich weiss niemand so recht was da genau passiert. Mindestens hier scheint die Krise auch niemanden zu betreffen.
Im Falle einer Krankheit hat man die Gewissheit, dass 90% der Kosten jeder lebenswichtigen Behandlung von der Krankenkasse bezahlt wird. Mit einem “geschenkten Leben” kann man entspannen und das sieht man auch in den Gesichtern der Menschen und an ihrem Verhalten. Niemand scheint je innerlich zu kochen, niemand schreit niemanden an; es läuft zweifelsfrei immer alles sehr ruhig ab.
Genau darum sind auch alle derart geschockt, wenn einmal ein barbarischer Psychopath, wie der in Norwegen, wie aus dem Nichts erscheint. Wie kann bei einem derart ruhigen und langweiligen Leben ein derartiges Monster erwachsen? Laut einem Bericht der Zeitschrift “Stern” plante Andres Breivik diese Attentate seit 2006. Geschah dies alles aus Angst, die Immigranten könnten der Grund für das Ende des ruhigen und einfachen reichen christlich-europäischen Lebens sein? Oder war es, weil er einfach nichts hatte, worüber er sich hätte Sorgen machen müssen und daher zu viel Zeit blieb für Unsinn und Obsessionen?