Tag Archives: aargau

A árvore

6 Apr

Primeiro morreu a mulher. A pele azulou após um rato ser descoberto na cabana. Veio a febre alta, as feridas se alastraram. Depois foram os filhos. Um a um devorado pela peste. Sobrou o homem para enterrar a família. Sobre os corpos  plantou uma muda como lápide que lembrasse seus amores perdidos. A muda vingou. É uma das árvores mais antigas da Europa. Uns dizem que tem 600 anos, outros afirmam, com certeza, mais de mil. Fica no Aargau, Suíça.

CIMG1726(2)

Castelo Habsburg

6 Apr

Um dos mais antigos castelos da Europa é de 1020, fica no Aargau, Suíça. O luxo ainda era miragem inimaginável na Europa central. O castelo é duro. Pedra sobre pedra, janelas mínimas, um frio intenso entre escadarias vertiginosas e uma vista maravilhosa para o campo que percorre a planície. Sobre os Habsburg, da Wikipedia: “Por ter sido elevada a realeza em 1273, é denominada a “família imperial” do Sacro Império Romano Germânico (962-1806); e por ter sido a soberana da Áustria desde 1278 até 1918, tendo inclusive sido a única governante do Império Áustro-Húngaro (1867-1918), é denominada como a “família imperial austríaca.”

CIMG1754(1)

CIMG1782(1)

Limmat

3 Sep

Será o fim das usinas atômicas suíças?

9 Jun

Acabar não acabou e nem vai acabar tão cedo mas pelo menos é um bom começo: o governo suíço conseguiu a aprovação pela maioria de seus deputados da proposta de abandono gradual da energia nuclear produzida no país. E põe gradual nisso. Até 2034 ainda teremos que guardar as caixinhas de potássio na gaveta e quase infartar a cada soar de alarme de emergência.

2034 porque é neste ano que as cinco usinas completarão seu ciclo de vida útil. Até lá poderão explodir, vazar e o diabo à quatro. Vamos aguardar torcendo pra que essas geringonças não nos causem problemas.

Oitenta por centos dos suíços aprovam a decisão mas uma parte do SVP já está chiando. Dizem que o abandono da energia nuclear pode causar um aumento dos preços da eletricidade. Mas daí, é claro, a culpa vai ser dos estrangeiros.

AKW

Der Ausstieg ist beschlossen, doch ausgestiegen wird noch lange nicht, doch es ist ein guter Beginn. Die Schweizer Regierung erhielt von den meisten Volksvertretern (Nationalräten) die Erlaubnis, die landeseigenen Atomkraftwerke schrittweise stillzulegen. Bis ins Jahr 2034 müssen wir noch unsere Kaliumjodidtabletten in den Schubladen aufbewahren und jedes Mal zittern, wenn wieder ein Probealarm losgeht.

Bis ins Jahr 2034, weil dann nämlich alle fünf Atomkraftwerke ihren Teil des nützlichen Dienstes beendet haben. Solange aber könnten sie noch explodieren, ein Leck bekommen oder weiss der Teufel was passieren. Warten wir also und hoffen, dass diese Ungetüme uns keine Probleme bereiten.

80% der Schweizer befürworten die Entscheidung, doch die SVP rümpft schon wieder die Nase, denn ohne die Kernenergie werden die Strompreise steigen – doch dann wird es ja wohl wieder die Schuld der Ausländer sein.

Suíços: os primeiros imigrantes no Brasil

25 Mar

O Brasil é um país de “estrangeiros”. De brasileiro “puro” só os índios que já habitavam o país muito antes da chegada dos portugueses em 1500. Na mesma época dos portugueses, também exploraram a costa brasileira, os espanhóis, os holandeses, os ingleses e os franceses.

Com os exploradores vieram os escravos da Africa, principalmente os Bantus (do que hoje seriam Angola, Congo e Moçambique) e os oeste africanos (Costa do Marfim, Benin, Togo e Nigéria).

Em 1807, por causa da soberania de Napoleão na Europa e do bloqueio que impedia os europeus de negociarem com os ingleses, Dom João e toda a corte portuguesa (15 mil pessoas) se mudaram para o Brasil e fizeram do Rio de Janeiro a capital de Portugal.

Mesmo antes do fim oficial da escravidão (em 1888), o Brasil já precisava de mão de obra para as fazendas e para colonizar áreas de floresta. Então entre 1818 e 1819 chegam ao Brasil os primeiros imigrantes não portugueses: os suíços!

O governo português- brasileiro “organizou” a vinda dos suíços para colonizar a serra fluminense (no Rio de Janeiro). Tudo foi um horror. Muitos suíços morreram ainda antes do embarque, nos acampamentos em cima de pântanos na Holanda, de malária, tifo e desinteria.

A viagem nos navios era feita quase no mesmo esquema do transporte de escravos. Dos 2006 suíços que se alistaram (830 pessoas de Fribourg, 500 de Berna , 160 do Valais, 90 do Vaud, 5 de Neuchâtel, 3 de Geneve, 143 do Aargau, 118 de Solothurn, 140 de Lucerna e 17 do Schwyz), 1617 chegaram vivos no Brasil (alguns bebês nasceram durante as viagens).

Na chegada, os imigrantes foram alojados em apenas 100 casas para 1617 pessoas, logo cada casa abrigava até 20. Depois das terríveis viagens de navio, os suíços tinham que se deslocar por mais 120 km. Grande parte do trajeto era feita de barco por rio e outra em carroças. A mata atlântica brasileira é muito húmida, densa e bastante povoada por insetos, macacos, cobras e onças. Tudo que um suíço não está acostumado.

Chegando ao “paraíso” prometido, os imigrantes constataram que a terra era ruim para o plantio e as condições de trabalho eram péssimas. Trabalhavam praticamente como escravos.

Muitos suíços foram embora. Alguns voltaram para a Suíça, outros ficaram no Brasil. A cidade de Nova Friburgo nasceu dessa primeira leva de imigrantes. Uma segunda leva de imigrantes suíços chegou ao Brasil a partir de 1850.

Algumas famílias suíças que emigraram para o Brasil: os nomes estão depois da tradução em alemão.

Nova Friburgo em antigos cartões postais:

Schweizer: Die ersten Einwanderer Brasiliens, unter ihnen 143 aus dem Aargau

Brasilien ist ein Land voller “Einwanderer”. “Reine” Brasilianer sind nur die Indianer, sie lebten dort schon lange vor der Ankunft der Portugiesen im Jahr 1500. Zur gleichen Zeit erkundeten auch die Spanier, Holländer, Engländer und Franzosen die Küste Brasiliens.

Mit den Entdeckern kamen auch die Sklaven aus Afrika, vor allem Bantus (aus dem heutigen Angola, Kongo und Mosambik) sowie Ostafrikaner (hauptsächlich aus der Elfenbeinküste, Benin, Togo und Nigeria). Um 1807 flüchtete der portugiesische König Dom João zusammen mit dem Adel und den Bediensteten (insgesamt 15’000 Personen) vor Napoleon nach Brasilien und machte Rio de Janeiro zur Hauptstadt Portugals.

Schon vor dem offiziellen Ende der Sklaverei (1888) brauchte Brasilien Arbeitskräfte für die grossen landwirtschaftlichen Höfe und um Gebiete bis hin zu Waldflächen zu besiedeln oder zu bewirtschaften. So zwischen 1818 und 1819 kamen die ersten Immigranten nach den Portugiesen: die Schweizer!

Die “portugiesisch-brasilianische” Regierung “organisierte das Kommen” von Schweizern, um die fluminensischen Hügel Rios zu besiedeln. Alles war ein Horror. Angefangen mit ähnlich überfüllten Schiffen wie die der Sklaven. Von 2006 angeworbenen Schweizern (dokumentiert sind: 830 aus Freiburg/Fribourg, 500 aus Bern, 160 aus der Waadt, 5 aus Neuenburg, 3 aus Genf, 143 aus dem Aargau, 118 aus Solothurn, 140 aus Luzern und 17 aus Schwyz) kamen nur 1617 lebend in Brasilien an.

 Nach der Ankunft wurden sie in nur gerade 100 Häusern verfrachtet. Einige Häuser hatten 20 Bewohner. Nach dieser schrecklichen Reise mussten die Schweizer noch 120 km weiter reisen. Ein Grossteil der Reise verlief auf Flüssen, der Rest wurde mit Karren bewältigt. Der Atlantische Regenwald Brasiliens ist sehr feucht, dicht und besitzt reichlich Insekten, Affen, Schlangen und Jaguars. Alles Dinge, an die sich ein Schweizer nicht gewöhnt ist.

Angekommen im “Paradies” mussten die Immigranten feststellen, dass die Erde zum Anbau ungeeignet und die Arbeitsbedingungen miserabel waren. Sie arbeiteten praktisch wie Sklaven.

Viele Schweizer zogen weg. Einige blieben in Brasilien, andere kehrten in die Schweiz zurück. Die Stadt Nova Friburgo wurde von diesen ersten Immigranten gegründet. Eine zweite Welle schweizer Einwanderer kam Anfang 1850.

Namen von Schweizer Familien die nach Brasilien emigrierten:

Thurler, Verly, Darrieux, Tardin, Sangy, Ouverney, Robadey, Stutz, Savoy, Knust, Frossard, Bussinger, Pilloud, Musy, Curty, Gauthier, Balmat, Bussard, Moser, Meyer, Keller, Boechat, Leimgruber, Monerat, Lutterbach, Gachet, Marchon, Magnin, Gremion, Genilloud, Fauchez, Wemellinger, Klein, Zehnder, Kaiser, Herdy, Rime, Hufieux, Grandjean, Dafflon, Folly, Bapst, Friaux, Baudin, Falnfach, Hennard, Molliez, Reganney, Noverat, Pinel, Burnier, Schibli, Benz, Uebelhard, Jaccoud, Bonn, Ansermet, Maffort, Eyer, Mury, Rutschmann, Lugon, Huguenin, Boy, Desbossens, Delacroix, Voulauthen, Jaquet, Rigolet, Armingaud, Gayes, Schnebelli, Steinegger, Fridolin, Winkler, Oberson, Piller.

Para saber mais sobre a imigração suíça no Brasil:

Um mehr über die schweizer Immigration zu erfahren:

Nova Friburgo – A Suíça Brasileira

Nova Friburgo Colonizações suíça e alemã

Migração suíça

Suíços do Brasil

Imigração suíça no Brasil

Staatsarchive nach Nova Friburgo