Archive | November, 2011

Passeando em Wettingen

27 Nov

Dia de sol. Hora de recolher as folhas secas antes que tudo congele…

 

Dia de passear em Wettingen:

 

Politicando em Baden

27 Nov

As mulheres também participaram mas chegaram um pouco depois dessas fotos. As iranianas que moram aqui não usam nem o lenço na cabeça. Todo mundo conta histórias de horror do Irã atual…

Ontem à tarde:

Gestern Nachmittag:

É tudo verdade

19 Nov

Cuidado com o Natal

18 Nov

Minha amiga Vivi quer decorar a casa para o Natal pela primeira vez. Claro, agora ela tem uma filhinha linda de quase um ano. Cuidado amiga, isso pode desencadear uma loucura.

Comigo foi assim. No primeiro Natal com minha filha achei que era hora de começar a decoração natalina, afinal as crianças adoram. Ela não tinha nem três meses mas quem liga para isso?  Comprei uma árvore pequena, coloquei uns enfeites e pronto. No ano seguinte pensei que como ela já tinha mais de um ano, ela precisava de uma decoração maior. A árvore aumentou, os enfeites também. Ano seguinte compramos umas luzes e grudamos nas janelas.

Não somos católicos. Aqui você está ou não está na igreja, católica ou protestante, e paga imposto anual quando está. Mesmo não sendo católicos achamos interessante continuar com nossa decoração natalina quando mudamos para um apartamento com terraço. Então minha filha já tinha três anos e agora sim reconheceria a beleza de toda aquela decoração. A árvore aumentou mais ainda afinal os enfeites aumentaram. Então veio a idéia: esse terraço tão grande ficaria maravilhoso com algumas luzes. Claro! As luzes internas ainda não eram suficientes!

Primeiro foi um trenó puxado por renas. Então arrancamos o Papai Noel que estava pendurado em uma escada subindo por uma das janelas e o colocamos sentado no trenó. Lindo. Mas ninguém via o trenó porque, claro, moramos num terraço e só os apartamentos dos prédios mais altos conseguiam admirar nossa decoração. Então no ano seguinte grudamos umas luzes numa rede de proteção de um lado do apartamento. Luzes azuis. Mas faltava o outro lado. Compramos mais luzes e fizemos um “ninho” para o trenó com o Papai Noel.

Os mercados de Natal daqui e principialmente os da Alemanha são uma coisa de louco. E nós então começamos a enlouquecer. No ano seguinte meu marido ficou três horas pendurado no terraço para literalmente contornar o prédio todo com luzes. Os vizinhos adoraram. O incentivo fez com que, um ano depois, além das luzes azuis de um lado, o trenó com o Papai Noel do outro e o contorno do prédio, colocássemos uma cascata, sim uma cascata de luzes que descia pela fachada do prédio e ainda o perfil de renas e bonecos de neve na fachada.  A árvore de Natal só crescia e agora não era mais enfeitada só com bolas. Fadas, borboletas, estrelas,  sinos, pedras coloridas, bonequinhos de madeira, soldadinhos, bailarinas, ursinhos, veadinhos, sapatos e bolsas em miniatura e qualquer tralha fazia parte da decoração. Tinha vela acesa por toda parte. Presépio,  uns dois. Guirlanda, uma em cada porta.

O ápice da loucura foi quando vimos um boneco de neve inflável de seis metros de altura. Nos olhamos e desejamos aquele boneco mais que tudo. Não fosse o preço absurdo  e a certeza que o boneco ia murchar em pouquíssimo tempo, teríamos comprado. Mas como toda paixão, um dia essa também acabou. Graças a deus.

Ano retrasado já deu preguiça. Ele não aguentava mais ficar horas congelando no terraço para colocar as luzes. Eu já não tinha mais saco de decorar as árvores do jardinzinho, muito menos de ficar no alto de uma escada enganchando os fios das luzes internas nos trilhos das cortinas. A árvore de Natal começou a encolher.

Ano passado então, nem se fala. Mais de dois terços da decoração ficou no porão.  E outro dia foi um amigo que reparou na sala: “ mas essa luz não é de Natal?”. Era. Sobrou. Ninguém tinha mais saco para tirar.

Seid vorsichtig, Weihnachten steht bevor!

Meine Freundin Vivi möchte dieses Jahr zum ersten Mal ihr Zuhause weihnachtlich schmücken. Gut verständlich, sie hat eine herzige Tochter, die gerade mal ein Jahr alt ist. Doch ich warne Dich, dies könnte nur der Beginn einer verrückten Leidenschaft sein.

Mir ist es so ergangen. Bei der erste Weihnacht mit meiner Tochter dachte ich, es sei an der Zeit, mit einer kleinen weihnachtlichen Dekoration zu beginnen, schliesslich lieben das ja alle Kinder! Sie war nicht mal drei Monate alt, doch wen störte das? Ich habe einen kleinen Weihnachtsbaum gekauft, ihn etwas geschmückt und fertig. Im darauffolgenden Jahr dachte ich, da sie nun ja schon etwas mehr als ein Jahr alt war, dass sie einen etwas grösseren Baum verdiene. Der Baum wurde grösser, die Dekoration schöner. Das Jahr drauf kauften wir ein paar Lichter und befestigten sie an den Fenstern.

Wir sind keine Katholiken. Hier ist man in der Kirche oder man ist nicht in der Kirche, katholisch oder protestantisch. Ist man in der Kirche, so zahlt man jährlich eine Kirchensteuer. Obwohl wir nicht in der Kirche sind, wollten wir auch an unserem neuen Wohnort, einer Dachwohnung mit grosser Terrasse, die weihnachtliche Dekoration beibehalten. Die Tochter war inzwischen schon drei Jahre alt und würde die Schönheit einer solchen weihnachtlichen Dekoration sicher schätzen. Der Baum wurde noch etwas grösser und der Schmuck hatte da mitzuhalten. Nun kam dann schnell die Idee: Eine solch grosse Terrasse würde doch wunderbar erstrahlen mit etwas Licht. Aber sicher! Die Lichter in der Wohnung genügten nicht!

Als erstes kam ein leerer Schneeschlitten, gezogen von Rentieren. Dann haben wir einen Weihnachtsmann aus einer Strickleiter befreit (der Typ Weihnachtsmann, der aussen an der Wand hängt und über die Strickleiter in die obere Wohnung steigt) und in den leeren Schlitten gesetzt. Schön anzusehen. Nur sah das niemand, klar, wohnen wir doch zuoberst und nur die Häuser weiter oben am Hang konnten unsere Dekoration bestaunen. So haben wir dann im darauffolgenden Jahr eine Leuchtkette auf der hinteren Seite unserer Wohnung über die halbe Länge der Wohnung jeweils vom Dach bis hin zum Geländer gezogen. Blaue Lichter. Es fehlte noch die andere Seite. Wir haben noch mehr Lichter gekauft und um den Weihnachtsschlitten weitere Figuren angehäuft.

Der Markt für Weihnachtsprodukte besteht hier hauptsächlich aus Produkten aus Deutschland und grenzt an eine Spinnerei. Wir wurden auch langsam verrückt. Im nächst folgenden Jahr war mein Mann drei Stunden draussen auf der Terrasse, um die ganze Terrasse mit Lichtern zu schmücken. Die Nachbarn waren verzückt. Dies spornte uns zu weiterer Höchstleistung an. Im nächsten Jahr hatten wir nebst den blauen Lichter auf der einen Seite, der Lichterkette um die Terrasse und dem Schneeschlitten auf der anderen Seite zusätzlich noch vom Dach hängende Leuchtketten und dazwischen leuchtende Konturen von Rentieren sowie einen Schneemann und einen leuchtenden Tannenbaum. Der Weihnachtsbaum war noch grösser und hatte nun nicht mehr bloss Weihnachtskugeln. Feen, Schmetterlinge, Sterne, Glocken, bunte Steine, Holzfiguren, kleine Soldaten, Ballerinen, Bärchen, Rehe, kleine Schuhe, kleine Taschen und noch etliche andere Stücke waren nun Teil der Dekoration geworden. Leuchtende Kerzen dazu auf allen Seiten. Zwei Krippen hatten wir aufgestellt und an jeder Fenstertüre hing noch eine Girlande.

Der Höhepunkt aller Verrücktheit kam als wir einen aufblasbaren Schneemann von sechs Meter Höhe entdeckten. Wir haben ihn angesehen und wollten ihn unbedingt haben. Wäre da nicht dieser absurd hohe Preis gewesen und die Gewissheit, dass so ein Luftgebläse in kürzester Zeit Löcher hat und einknickt, wir hätten ihn bestimmt gekauft. Aber wie es so ist mit jeder Leidenschaft, eines Tages ist sie erloschen. Gott sei Dank.

Im vorletzten Jahr verspürten wir schon eine gewisse Trägheit. Mein Mann hatte keine Lust mehr, da draussen stundenlang in der Kälte zu frieren und die Lichter zu montieren. Ich hatte keinen Bock mehr die Bäume draussen zu schmücken und noch weniger hier drinnen auf einer Leiter die Lichterketten den Vorhangschienen entlang aufzuhängen. Der Weihnachtsbaum begann zu schrumpfen.

Vom vergangen Jahr muss ich gar nicht erst erzählen. Mehr als Zweidrittel der Dekoration blieb im Keller. Vor ein paar Tagen war ein Freund hier zu Besuch und fragte erstaunt: ” Ist dieser Leuchtstern hier nicht noch von der letzten Weihnacht?” Richtig, war er. Ist übrig geblieben. Niemand hatte mehr Lust ihn zu versorgen.

São Paulo/Baden: cem anos atrás

16 Nov

Casino Baden/ Teatro Municipal

Limmat/rio Tietê

Hochbrücke/Viaduto Santa Ifigênia

Kurpark/ Jardim da Luz

São Paulo/Baden: hoje

16 Nov

Hoje em dia completamente diferentes em tudo: tamanho, população, infra-estrutura, organização…

Heute sind die zwei Städte vollständig verschieden (Grösse, Einwohnerzahl, Infrastruktur, Organisation…)

Sucuri pirarucu jacaré

13 Nov

Holiday on Ice Wettingen

12 Nov

Ziriguidum telecoteco

4 Nov

O Brasil tem ganhado uma série de reportagens e até edições de revistas inteirinhas dedicadas ao país na Alemanha e na Suíça. A Copa do Mundo e as Olimpíadas estao pondo o Brasil na roda como eu nunca tinha visto antes por aqui. Muitas reportagens criticam a demora na construção dos estádios participantes da Copa e outras falam sobre os casos de corrupção e as consequentes quedas dos vários ministros do governo Dilma. Claro, de uns dias para cá estão falando do câncer de Lula.

O que chama a atenção nas revistas dedicadas ao Brasil, bastante elogiosas, é a repetição de figurinhas. Já faz tempo que as reportagens são uma variação sobre o mesmo tema ou personagem.  Agora essa repetição está sendo ampliada. Rio é sempre favela, paisagem, tráfico e meninas do funk. São Paulo é sempre foto aérea ou panorâmica da imensidão de prédios, trabalho dos motoboys e tamanho da frota de helicópteros. Gente dormindo em redes nos barcos que navegam pelos rios amazônicos, as cataratas de Iguaçu, desfile das escolas de samba no Rio, plantação de café e índio vestido de índio para festa ou com pinturas de guerra, nada disso pode faltar.  Vez ou outra aparece uma foto de igreja em Ouro Preto ou a clássica foto da igreja em Paraty. Nunca vi uma reportagem sequer sobre o sul do Brasil.

A revista da Nespresso, grátis, sempre muito bonita visualmente,  trouxe o Vik Muniz na capa e uma série de reportagens com todos os ingredientes citados no páragrafo acima. Sempre no tom do exclusivo e elegante consumidor Nespresso, pessoa mais cool do mundo. A soberba em pessoa. A Geo alemã fez uma edição muito bonita do Brasil. Apesar dos clichês em todos os textos, escritos por alemães, tem fotos lindas. Mas claro, fotos de escola de samba, motoboy em São Paulo, rede pendurada na Amazônia, meninas gatinhas da favela, futebol, açaí… E agora, muitas revistas, inclusive as de moda, têm feito reportagens sobre Inhotim, o museu do Bernardo Paz em Minas Gerais.

Eu não tenho a mínima idéia de como funciona o marketing para vender um brasileiro no exterior. Mas todas as revistas que falam sobre Artes Plásticas brasileiras falam do Vik Muniz (ainda bem, antes era sobre o Romero Brito), todas que falam sobre gastronomia falam só sobre o Alex Atala e todas que falam de viagens mostram as mesmas paisagens. Cinema é sempre Cidade de Deus ou Tropa de Elite. Literatura, bom literatura brasileira nem existe aqui. Depois que passou a febre Paulo Coelho, passamos a ser inexistentes na Literatura. Arquitetura é Niemeyer e ponto final.

É como se um Brasil enorme não existisse e junto um monte de gente talentosa. Uma pena.

Etliche Berichte sind in der letzten Zeit über Brasilien erschienen, einige Zeitschriften in Deutschland und der Schweiz waren gar gänzlich dem Land gewidmet. Die bevorstehende Fussballweltmeisterschaft und die anstehenden Olympischen Spiele lassen Brasilien hierzulande im Focus erscheinen, wie ich es nie zuvor sah. Viele Berichte kritisieren die Verzögerungen beim Bau der Stadien in denen Weltmeisterschaftsspiele stattfinden sollen, andere behandeln die Korruptionsfälle und die damit verbundenen Rücktritte diverser Minister der Regierung Dilma. Und natürlich wird in jüngster Zeit auch über den an Krebs erkrankten Lula berichtet.

Was in den schmeichelnden Berichten über Brasilien in den Zeitschriften auffällt, ist die Wiederholung alter Klischees. Schon seit einiger Zeit werden gleiche Themen und Personen in den Berichten einfach etwas variiert. Nun werden diese Wiederholungen einfach ausgebaut. Berichte über Rio haben immer Favelas, Landschaft, Verkehr und zu Funkmusik tanzende junge Mädchen drin. Bei Sāo Paulo gibt es immer Luftaufnahmen oder Panoramaansichten mit tausenden von Hochhäusern zu sehen sowie einen Bericht über die Arbeit der Motorradkuriere und die Erwähnung, dass es eine immense Anzahl an Helikoptern in der Stadt gibt. Auf den Seiten über den Amazonas sieht man immer in Hängematten schlafende Leute auf den Booten die dort zirkulieren. Nie fehlen die Wasserfälle, Sambaschulen von Rio beim Karnevalsumzug, Kaffeeplantagen und einheimische Indianer verkleidet als Indianer auf dem Weg zu einem Fest oder mit Kriegsbemalung. Ab und zu erscheint eine Kirche von Ouro Presto oder die klassische Aufnahme der Kirche von Paraty. Nie sah ich einen Bericht über den Süden von Brasilien.

Die Gratiszeitschrift von Nespresso, wie immer schön anzusehen, brachte auf dem Titelblatt Vik Muniz und danach eine Serie zu allen oben aufgezählten Inhalten. Alles im Stile der exklusiven und eleganten Nespresso-Konsumenten; den coolsten Menschen auf dieser Welt. Der Stolz in Person. Das deutsche GEO brachte eine schöne Ausgabe mit dem Thema Brasilien. Abgesehen von den Klischees in jedem der Texte sind auch dort schöne Bilder zu sehen. Und natürlich wieder: Sambaschulen, Motorradkuriere in Sāo Paulo, Hängematten in Booten auf dem Amazonas, wunderschöne Mädchen aus Favelas, Fussball, Acai… Neuerdings bringen viele Zeitschriften, inklusive den Modezeitschriften, Fotos und Berichte über das Inhotim, das Openair-Museum von Bernardo Paz in Minas Geras.

Ich hab nicht die leiseste Ahnung, wie man ein Marketing aufzieht, um Brasilien im Ausland zu vermarkten. Doch alle Zeitschriften die über brasilianische Kunst berichten bringen Vik Muniz (wenigsten über ihn, vorher war es Romero Brito), alle die über die Gastronomie schreiben, berichten über Alex Atala und alle die über die Landschaft schreiben, zeigen stets die gleichen Landstriche. Bei den Kinofilmen ist es “City of God” oder “Tropa de Elite”. Literatur, nun gut, die existiert hier gar nicht. Nachdem das Paulo Coelho – Fieber abflachte sind wir diesbezüglich inexistent in der Literatur. Architektur und Niemeyer soll hier der Abschluss sein.

Als würde es ein riesige Brasilien gar nicht geben, das ein Vielzahl talentierter Leute besitzt. Schade.