Crime e castigo

11 Feb

Não tem nada a ver com Wettingen mas só se fala nisso (e no Mubarak que finalmente renunciou) nos jornais daqui: o possível assassinato das gêmeas sequestradas pelo próprio pai. Não é um acontecimento típico suiço, atrocidades como essa são noticiadas no mundo inteiro. O casal se separa, o homem não aceita de jeito nenhum a situação, rapta o filho (s), o mata e se mata depois. Não dá pra aceitar, não dá pra perdoar de jeito nenhum. Só dá pra odiar e ter muita raiva de um idiota que é capaz de fazer uma maldade dessas com os próprios filhos para acabar com a vida da ex mulher. Se o cara enloqueceu e deprimiu e não quer ajuda e quer porque quer acabar com a própria vida, então vai e se mata. Mas se mata sozinho! Não faz sentido roubar o filho porque está sofrendo com a falta dele e depois matá-lo! Levar a pessoa que você mais ama para o inferno porque você está no inferno é de um desamor completo. Até a loucura tem limites e loucura na maioria das vezes não leva à maldade.

O fato de, na maioria desses casos o algoz ser um homem chama a atenção. As mulheres são geralmente mais temperamentais, emotivas, ciumentas e tendem à teatrealidade mas poucas possuem essas explosões de maldade. Explosão em termos porque na maioria das vezes esses crimes são planejados com frieza. Dias antes de sequestrar as gêmeas, o pai navegou na Internet em busca de informações sobre armas de fogo  e venenos. O plano foi traçado.

O que mais dá medo é que quase sempre que a gente vê as fotos desses caras eles parecem tão normais, tão comuns que poderiam facilmente ser nossos maridos, vizinhos, amigos, irmãos…. e então imagino a dor dessas mulheres que além da dor maior de  perderem os filhos de forma tão trágica ainda têm que conviver com as lembranças de terem compartilhado um pedaço de suas vidas com um homem que elas nunca nem sequer souberam quem era.

Schuld und Sühne

Es hat nichts mit Wettingen zu tun, aber die Medien hier berichten (abgesehen vom Fall Mubarak der letzten Endes nun doch zurückgetreten ist) nur darüber:

die mutmassliche Ermordung der zuvor durch den eigenen Vater entführten Zwillingsmädchen. Es ist kein typisch schweizerisches Ereignis, über solche Grausamkeiten berichtet man in der ganzen Welt. Ein Ehepaar trennt sich, der Mann kann dies in keiner Weise akzeptieren, entführt das Kind (die Kinder) und tötet sich und es (sie) möglicherweise später. Unakzeptabel, unverzeihlich. Man kann ihn nur hassen, nur Wut empfinden gegenüber einem solchen Idioten, der dazu fähig ist, eine solche Grausamkeit mit seinen eigenen Kindern zu begehen, und dies nur, um das Leben der ehemaligen Ehefrau zu zerstören. Wenn der Kerl wahnsinnig und deprimiert wird, keine Hilfe will, keinen Sinn mehr sieht in seinem Leben, also: “geh, und töte dich selber. Aber töte nur dich!” Es ergibt einfach keinen Sinn, die eigenen Kinder zu rauben und sie danach zu töten, nur weil man unter der Trennung von den Kindern leidet! Die eigenen Kinder durch die Hölle zu führen, nur weil man sich selbst in der Hölle fühlt, ist die absolute Lieblosigkeit. Sogar der Wahnsinn hat Grenzen und in aller Regel führt er nicht zu Grausamkeit.

Die Tatsache, dass es in den meisten Fällen der Mann der Unmensch ist, erregt schon Aufmerksamkeit. Frauen sind meist temperamentvoller, emotionaler, eifersüchtiger und neigen zur Theatralik, aber nur wenige besitzen diese “Grausamkeitsausbrüche”. Ausbrüche, weil die meisten davon in einer Gefühlskälte geplant werden. Schon einige Tage vor der Entführung der Zwillinge surfte der Vater im Internet auf der Suche nach Schusswaffen und Giften. Die Spuren des Planes konnten verfolgt werden.

Was am meisten Angst macht ist, dass wenn man die Fotos dieser Kerle ansieht, sie ganz normal aussehen, so gewöhnlich, dass sie leicht unsere Ehemänner, Nachbarn, Freunde, Geschwister sein könnten… Und letzten Endes, man muss sich den Schmerz vorstellen, welchen diese Frauen spüren, dass ausser dem alles überragenden Schmerz, die Kinder auf derart tragische Weise zu verlieren, sie auch noch mit den Erinnerungen leben müssen, einen Teil ihres Lebens mit einem Mann geteilt zu haben, von dem sie nicht einmal wussten, wer er war.

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