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Até de barco dá pra andar

8 Feb

Sogar bis zum Schiff kann man laufen

Onze milhões X vinte mil

8 Feb

Para quem saiu de uma cidade de 11 milhões de habitantes,  se acostumar a vida pacata de uma cidade pequena é angustiante. Cadê os deliverys  de comida libanesa e sushi ? Cadê os taxis? Em quais teatros estão em cartaz as peças infantis?  Cadê a Fnac? Não tem, não tem e não tem… Só para dar uma idéia, SP tem mais de 600 restaurantes japoneses. Só japoneses! Mais de 600 locais onde é possível comer sushi. Claro que meu repertório de restaurantes orientais não passava de uns dez, inclundo aí os indianos e chineses. Mas parece que dá um conforto saber que você mora numa cidade onde sempre vai ter opções de escolha sobre quase tudo.

Outro choque inicial é com as restrições de horário. Almoçar as 3 da tarde num restaurante? Só se for sanduíche frio. Jantar bem tarde nas férias de verão? Só se for em casa… Mas tudo sempre tem outros lados…

Uma das melhores coisas de morar em cidade pequena é poder se deslocar entre dois lugares com facilidade. Tudo é perto, nada é longe demais a ponto de fazer alguém desistir do deslocamento. O sistema de transporte público é caro mas é perfeito. Dá para rodar quase a cidade toda com os ônibus limpos, confortáveis e quase sempre pontuais. Menos nos piores dias de inverno (que são muitos…), também é possível se mover rapidamente e com segurança em bicicletas. Sem a paranóia de ser esmagada por um ônibus, sem fumaça de carro na cara, sem ladeiras íngremes como em SP.

É bom ver que a vida também pode ser boa sendo simples e que taxi é bom mas que ninguém morre se não passar nenhum.

Elf Millionen X Zwanzigtausend

Für jemanden der aus einer Stadt mit elf Millionen Einwohnern kommt, ist die Anpassung an ein ruhiges Leben einer Kleinstadt beklemmend. Wo sind die Hauslieferungen von Sushi oder libanesischem Essen? Wo sind die Taxis? In welchen Theatern stehen Kindervorführungen auf dem Programm? Wo ist die Fnac? Hat es nicht, gibt es nicht und hat es nicht… Nur ein Beispiel: In São Paulo hat es mehr als 600 janpanische Restaurants. Nur japanische! Über 600 Orte wo man Sushi essen kann. Klar, mein Repertoir an orientalischen Restaurants ging nicht über die zehn hinaus, die indischen und chinesischen eingeschlossen. Aber es gibt einem ein gutes Gefühl zu wissen, man wohnt in einer Stadt, wo es immer Möglichkeiten zu wählen gibt, fast bei allem.

Ein anderer “Start-Shock” sind die zeitlichen Einschränkungen. Mittagessen um 3 in einem Restaurant? Nur wenn einem kalte Sandwitches genügen. Morgenessen gegen Mittag in den Sommerferien? Nur zu Hause… Aber alles hat immer auch eine andere Seite…

Eines der besten Vorteile in einer Kleinstadt zu leben ist, dass man leicht von einem Ort zum anderen gelangt. Alles liegt in der Nähe, nichts liegt zu weit entfernt, so dass man das Vorhaben, dort hin zu gehen, aufgibt. Der öffentliche Verkehr ist teuer aber perfekt. Es ist möglich, in bequemen, sauberen und fast immer pünktlichen Bussen, kreuz und quer durch fast die ganze Stadt zu fahren. Ausser an den schlechten Tagen im Winter (und davon gibt es viele…), ist es auch möglich, schnell und sicher mit dem Fahrrad unterwegs zu sein. Ohne Angst davor, in einem Bus zerquetscht zu werden, ohne Autoabgase im Gesicht, ohne steile Hänge wie in SP.

Es ist gut zu sehen, dass das einfache Leben auch schön sein kann, Taxis gut sind, aber niemand stirbt, wenn keine da sind.